Camassandi

História

Pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, 01-06-1944, o distrito de Novo Horizonte tomou a denominação de Camassandi o distrito de Palma a chamar-se Cunhangi.

A capela de São Gonçalo, construída no século XIX, está a 3 km em estrada de barro, onde, muitas vezes, só é possível passar em veículos com tração. É uma vila de pescadores na margem esquerda do rio Jiquiriça. No porto, há 40 barcos que, quando não estão pescando lagosta e robalo, fazem passeios pelo manguezal, fazendas de dendê e de coqueiros até a foz do rio Jiquiriça, com praias de areia finíssima, mar aberto e ondas próprias para o surf.

Capela de São Gonçalo

Capela São Gonçalo - Camassandi - Jaguaripe

A Capela de São Gonçalo e Sr. Do Bonfim está localizada sobre uma pequena colina, em torno da qual se desenvolve o povoado de Camassandi. Paralelamente às fachadas laterais de igreja existem duas fileiras de casas térreas. Do espaço existente em frente ao templo se dominam parte do povoado e pequeno  porto banhado por um braço do Rio da Dona.

Edifício de interesse arquitetônico, cujo programa inclui, no térreo: nave, capela-mor, duas sacristias e um corredor lateral; no pavimento superior corro e dois consistórios, um dos quais foi transformado em residência do vigário. Telhados de duas águas recobrem a nave e conjunto da capela-mor, sacristias e consistórios. O corredor lateral é protegidopor uma meia água. O frontispício enquadrado por cunhais e cornija tem como envazadura três portas de acesso à nave e três janelas de coro, todas com vergas abauladas e cercaduras em argamassa. Em cima a fachada um frontão de volutas com ´culos central. O monumento possui apenas uma torre, incompleta. São forradas em madeira: a nave e a capela-mor. O piso destes dois ambientes é o cimentado. O consistório direito conserva o assoalho, mas o piso do esquerdo foi substituído por laje de cimento. Nos demais ambientes os pisos foram trocados por ladrilhos hidráulicos e cerâmicos. A capela-mor conserva altar neo-clássico com talha dourada e azul sobre fundo branco. Na nave, conserva-se outro retábulo neo-clássico. Dentre a imaginária destacam-se os dois oragos, N. Sra. Da Conceição, Santo Antonio, São Benedito e São Roque.

A Capela inconclusa provavelmente do início do século passado. Seu plano original, do tipo comum nas matrizes e sedes de irmandade dos séculos XVIII e XIX, foi parcialmente executado. Foram concluídas, por exemplo, as sacristias superpostas por consistórios, que se abre, através de tribunas, sobre a capela-mor. Mas só um dos corredores foi executado sem a superposição da galeria de tribunas, embora seus vãos entaipados possam ser vistos nas fachadas laterais da nave. Algo semelhante ocorreu com as torres. A decoração dos vãos da fachada principal é do tipo D. Maria I, introduzido em Salvador nos primeiros anos do século passado, quando da reconstrução da Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Seus altares, neo-clássicos, são do mesmo período.
Pode-se chegar a Camassandi, saindo de Jaguaripe, 12 km em direção à BA-001, seguindo esta última por 7 km a sul. Se quiser aproveitar mais o paraíso, são 11 km por uma estrada de barro até o povoado Ilha D´Ajuda.

Os festejos em homenagem a São Gonçalo, Padroeiro de Camassandi são celebrados em Janeiro.

Paraiso Perdido

praia_dos_garcez1

“Localiza-se em meio a tantos verdes, onde o puro ar desta enebriada terra provoca boas inspirações a quem muito deseja ir em busca de uma primorosa tranquilidade. Camassandi é, de fato, um acanhado povoado, cujo acomoda-se uma gente de maravilhosa simpatia,de uma rica sabedoria que nem mesmo a ânsia dos fartos livros teve se quer a plausível vez de colocá-la em entrelinhas.Acomoda-se,aqui,uma leva de negras e negros lindos remanescentes da raça pura africana,em que tudo isto está tanto registrado na própria história dos quilombolas como também no possível brilho de nada ofuscante da pele dessa agradável gente.”

Fontes: IBGE e camassandi.blogspot.com.br
Camassandi, é um local de deslumbrante simplicidade, ruas calmas que só gritam quando as manifestações culturais tomam conta dos espaços! É lá onde estão localizados locais famosos por sua natureza e belas paisagens, como Ilha D´Ajuda e a inigualável Praia dos Garcez, que atualmente ostenta festas de fim de ano memoráveis como o Universo Paralelo.

Outras Belezas:

Cachoeira do Rio Tiriri

A Fazenda Alamão se localiza na região de Piquira e o campo de futebol é a melhor referência para quem procura as corredeiras e cachoeira do rio Tiriri. Uma trilha de 40 minutos, aproximadamente, leva até a cachoeira protegida pela mata, em um cenário dos mais verdes de Jaguaripe. Subindo a trilha, uma ponte de madeira para pedestres sinaliza para a casa de farinha na margem direita do rio.
Como chegar: saindo de Jaguaripe, 12 km em direção à BA-001, seguindo esta última por 12 km ao sul, em direção à região de Piquira. O campo de futebol é o início da trilha para a Cachoeira do Tiriri.

Cachoeira da Pancada Alta

Pelo menos dois caminhos levam até essa cachoeira, que fica escondida no fundo de um vale encoberto de mata nativa, onde quase não chega a luz do sol. Para qualquer dos caminhos, o ponto de partida é o vilarejo de São Bernardo, distrito de Camaçandi, antiga Fazenda São Bernardo, com capela e ruínas de um engenho, à margem do rio da Dona. Pela margem direita, chega-se à cachoeira através de uma trilha de baixo impacto e curta duração, no Sítio Nova Esperança. Na outra margem, a trilha é pela Fazenda Ponte da Felicidade, com um percurso bem maior e com direito à travessia do rio.
Dica: a Cachoeira do Rio da Dona é o limite entre as duas propriedades; é necessário um contato prévio para sua visitação.
Como chegar: saindo de Jaguaripe, 12 km em direção à BA-001, seguindo esta última por 2 km ao sul, em direção ao povoado de São Bernardo. Neste povoado, está o Sítio Nova Esperança, enquanto a Fazenda Ponte da Felicidade está localizada do outro lado do Rio da Dona, com acesso através da BA-001.

Fonte: Notícias de Turismo
 Fotos: David Fadul e Amigos de Camassandi Boa Terra

Hino de São Gonçalo de Camassandi