A Baía de Todos os Santos
Descoberta em 1º de novembro de 1501, a Baía de Todos os Santos é a maior do Brasil, e a segunda maior do Globo Terrestre. Palco de importantes fatos históricos, ela tem uma beleza diversificada, com inúmeras praias, 56 ilhas, rios, manguezais, corredeiras e quedas d´água em uma área de 1.052 km², compondo um belo cenário para as atividades náuticas e do ecoturismo. Em seu contorno, de quase 200 km de extensão, recortado por enseadas, angras, lagamares e as pequenas baías do Iguape e a de Aratu, estão dispostos 15 municípios que concentram vasta produção econômica e quase 3 milhões de habitantes.
Desde a descoberta, a Baía de Todos os Santos obteve a preferência dos navegadores, por oferecer um ancoradouro seguro as embarcações, fator que propiciou a Salvador condições para o seu desenvolvimento, sendo decisivo para a ocupação e exploração do Brasil colônia. O Recôncavo, área que a circunda, abrigou no passado cerca de 400 engenhos de cana-de-açúcar. Além da cana, a região produziu, abundantemente, o fumo e outras culturas que eram escoadas pelos rios e pela Baía através de embarcações, especialmente o Saveiro e suas variedades.
É muito fácil navegar pela baía, tanto pela sua condição natural como pela sinalização existente, com bóias e faróis nos trechos principais. Dentro dela pode-se passar tempo infinito, com boas possibilidades de abrigo. As águas são mornas e limpas e as condições de mar e vento sao excelentes para a prática de esportes náuticos durante todo o ano.
A boca da baía está delimitada pela Ponta do Padrão, onde se encontra o Farol da Barra, em Salvador, a boreste (direita) de quem entra, e a Ponta do Garcez, abaixo do Rio Jaguaripe, a bombordo (esquerda).
Na verdade, quando se adentra à baía, o que se vê a bombordo, é a Ilha de Itaparica – “cerca de pedra”, em tupi-guarani -, estendida por 25 milhas no sentido norte-sul. Olhando-se para a proa, nos rumos norte e nordeste, vê-se, a ilha dos Frades – ou, Frade, como dizem alguns historiadores – e a Ilha de Maré. Entre essas duas ilhas há um canal batizado para navios e, lá dentro, a Ilha de Madre de Deus, com cidade e porto petrolífero, e outras pequenas ilhas, como Bom Jesus dos Passos, Santo Antônio, Vacas, Bimbarras, Maria Guarda e Capeta.
A Baía de Todos os Santos é um excelente local para mergulho. Pedras, locais, paredões, navios e galeras antigas – de até 3 ou 4 séculos- estão disponíveis para os apreciadores desse esporte.
A região da Baía de |Todos os Santos conta com 13 BANs, Bases de Apoio Náutico, distantes pelo menos a 30 milhas para que a navegação de ua para outra possa ser realizada durante a luz do dia. As estruturas e recursos humanos de cada BAN varia de acordo com a localidade.
BAN – Pousada Porto Jaguaripe
lat. 13º06,734´S – long. 038º53,480´W
Infra-estrutura disponível: píeres fixo e flutuante, poitas, estacionamento, bar e restaurante.
Capacidade de atracação: barcos de até 60 pés de comprimento e até 2,0m de calado.
Serviços oferecidos: água, energia, combustível, telefone e internet.
Serviços oferecidos por terceiros: Lavanderia, oficina, reparos em motores, em ferragens e pintura.
Os Principais Ventos
O regime principal de ventos, no verão, é de norte (terral) pela manhã e depois a gostosa “viração” de leste/nordeste, firme à tarde, voltando a ser brisa à noite. Eventualmente, há o “lestão”, soprando pelos 15 a 20 nós. No inverno, é comum o sul/sueste e o sudeste, sempre acompanhados de frentes frias, com ventos de até 25 nós. As ondas normais são curtas e variam entre 0,50m a 1,00m e, excepcionalmente, com frente fria, podem variar de 2,00m a 2,50m. “Vento Ruim”, só o noroeste, muito forte, que ocorre normalmente uma só vez por ano, durante uns 15 minutos, sempre nos meses mais quentes de dezembro a fevereiro e atinge velocidades superiores a 30 nós.
Fonte: Roteiro Náutico do Litoral da Bahia
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Rio Jaguaripe
De barco, escuna, lancha ou canoa é imprescindível subir o rio até a cidade de Nazaré, passando por Maragogipinho e suas 60 olarias. Depois, a embarcação pode descer o Jaguaripe rumo à foz, passando por lugares paradisíacos, com predominância do manguezal, braços de rio e apicum, que formam um lagamar onde diversas espécies se reproduzem. Na seqüência, as ilhas são Paraíso, Carapeba, Santo Antônio de Jiribatuba e Ilha de Matarandiba, passando por baixo da ponte do Funil, que liga a ilha de Itaparica ao continente.
Duração: seis horas
Dica: ao final da tarde, os pássaros são abundantes, principalmente nos percursos de manguezais.
Como chegar: de barco, a partir de Jaguaripe
Está aí um exemplo da “marcha inexorável do progresso” transformando em nostálgicos os tempos em que havia maior vitalidade por aquelas bandas. É nesta faixa costeira que estão as localidades de Mutá, Cações, Pirajuía e Encarnação. Fazer turismo náutico no lado Oeste da Baía, entre a Ilha e o Recôncavo, não é tão simples quanto pelo setor Leste, ao lado de Salvador, rico em opções de passeio para Ilha dos Frades, Ilha de Maré, Ponta de Areia e cidade de Itaparica, com a sua marina, porém reserva uma natureza maravilhosa que vale a pena conhecer.
Como positivo neste esquecimento vivido pela Contracosta há pelo menos três décadas, está a sua maior preservação. Se você quer experimentar uma Baía diferente, que parece ter parada no tempo, aproveite e dê um pulinho em suas praianas localidades ribeirinhas e relaxe.
O paraíso começa logo após a ponte do funil, aquilo que, para muita gente, o lado mais conhecido da Ilha perdeu há muito tempo. Ou seja, aquele jeitão de vila de pescadores. você terá como primeira parada Cações. Em seguida, vem Mutá, depois, Pirajuía e o distrito de Encarnação de Salinas. Além de um luminoso mar de águas límpidas, serenas, pontuado por velas de rústicas canoas e mulheres catando mariscos na areia, estas localidades têm em comum a extrema simplicidade, com pousadas prá lá de “básicas” e restaurantes que funcionam em sua maioria nas casas de moradores.
É comum velejadores estrangeiros ancorarem ao largo da fonte por vários dias, no completo silêncio e em mar sereno. A canoa que compete na regata chama-se Marechal Bonfim e pertence a um famoso líder de banda axé da Bahia, cuja identidade ele preferiu não ver divulgada. “Mas, escreva aí que ela precisa de um pano novo”. Luciano põe a bordo até sete colegas para correr na regata e, nos passeios, usa o filho como ajudante, já que não é possível tocar sozinho a embarcação.
Regata Jaguaripe – Cacha Pregos
A Regata de Jaguaripe – Cacha Pregos é considerado um dos eventos náuticos mais importantes da Baía de Todos os Santos, tanto é que todo o ano reúne os amantes do mar que vêm de todos os cantos para curtir e participar da festa.
Festa de São Roque
Procissão que reúne vários romeiros para esta tradicional festa. Os fieis navegam do Rio da Dona para o Rio Jaguaripe, em paralelo ocorre a famosa Corrida de Canoas.
Acontece anualmente no mês de novembro. Em 2015, aconteceu a 40ª edição, Jubileu de Rubi.
“Associaçao Viva Saveiro. Um grupo de cidadãos que, rendidos pela elegância e beleza dos saveiros de vela de içar, nos organizamos para impedir que este tesouro fosse parar no fundo do mar.”
Saveiros da Bahia
Regata Jaguaripe – Caixa Pregos
Saveiro: embarque numa expedição a bordo da embarcação mais tradicional da Bahia
Vídeo sobre a Baía de Todos os Santos